TU SABES
À vezes se
te lembras procurava-te
Detinha-me
em ti, esgotava-me e perdia-me
Sabia que haver-te perdido era encontrar-te
E nessa
dança de viver me comprazia
Não percebendo
no fundo que dizer-te
A distância
de tempo e de espaço não existia
Indispensável
era ter-te para perder-te
Num ciclo
que se repetia dia a dia
Era tudo tão
complexamente natural
Vivia das tuas palavras e da tua imagem
Sem saber
como chegou um dia fatal
Que em mim
te imortalizaste como miragem
É com espanto
que ao espelho me olho
Espantado
diviso-te naquilo que me restas
Acredita o
que faço, não sou eu que escolho
Sei no caminho, não faço parte das tuas metas.
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